Resultado análise sensorial – parte II: identificação de diferenças entre as amostras

Ao longo dos nossos cursos, os alunos (não treinados) fazem testes triangulares. Para cada, recebem 3 amostras de cervejas, sendo que uma delas está contaminada com uma solução padrão. O objetivo é detectar qual é a amostra diferente (contaminada) e identificar o que há de diferente nela (em relação as outras duas).

Teste 1: Teste triangular com linalol, composto cítrico e floral, presente nas cervejas proveniente do lúpulo.

Nesta prova, a grande maioria dos alunos identificam corretamente a amostra contaminada. Entretanto, ao explicar porquê a cerveja é diferente, além das descrições corretas (mais cítrica e floral), aparecem outras justificativas, como mais ácida, adstringência e milho.

Teste 2: Teste triangular com DMS (dimetilsulfureto), composto com odor desagradável, rementendo a cheiro de enxofre e vegetais cozidos (couves, brócolis, milho). Não deveria, mas pode estar presente nas cervejas proveniente, principalmente, do processo de fermentação (também podendo ter influência do malte utilizado).

Neste, cerca de metade dos alunos detectam a cerveja que está contaminda. Mas é raro identificarem corretamente os aromas.

Vale observar que nos testes triangulare são utilizadas concentrações 10 vezes superiores ao limite de detecção das soluções em cervejas.

Nos ranking tests, os alunos recebem 5 amostras de cervejas, sendo que uma não está contaminda e 4 estão contaminadas com crescentes concetrações de uma solução padrão. O objetivo é detectar qual é a diferença entre as amostras, classificando a intensidade.

São utilizadas concentrações de 1; 5; 10 e 20 vezes o limite de detecção em cervejas.

Teste 3: Teste de intensidades com citral, composto cítrico, lembrando frutos como lima, limão, laranja e toranja.

Teste 4: Teste de intensidades com eugenol, composto que lembra condimentos, principalmente cravinho.

Normalmente os alunos colocam a cerveja com mais concentração de contaminante, em primeiro ou segundo lugar de maior intensidade. Isso é bom. Contudo, em geral, há uma grande confusão nas demais amostras, inclusive com a amostra que não contém a solução contaminante. Mas há alunos que vão muito bem nessa prova, acertando tudo ou quase tudo. Quando erram, geralmente é em classificar as cervejas contaminadas com as duas concentrações mais fracas.

Há de se treinar mais!!!

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